quarta-feira, junho 06, 2007

Escrever em tempos de confusão.


Gosto muito de escrever, mas não tenho tido tempo para tal. Hoje decidi fazer uma pausa nas obrigações, e passar a fazer algo de próprio, egoísta e decididamente auto satisfatório. Então cá vai disto, espero que gostem. Estou naquela fase da minha vida em que tenho, responsabilidades, empréstimos, trabalho, obrigações, família, enfim, tudo aquilo que as pessoas têm porque querem, têm porque precisam, têm porque têm de ter, cada qual com a sua própria versão, cada um molda o seu molde, ou tenta encaixar-se naquilo que mais e melhor lhe convém, quando convém e onde convém, e se de facto convém mesmo. No entanto há mais na vida do que as coisas que nos fazem mover no sentido que elas querem. Chegamos a certa altura em que temos de pôr um travão nessas mesmas coisas, e tentar fazer um esforço para que a corrente não nos leve completamente. Tudo isto para dizer que hoje, tinha mesmo que fazer uma pausa naquilo que a corrente quer, e tirar estes minutinhos para escrever neste blog. Pedras na engrenagem são aquilo que mais nos aparece quando queremos fazer algo de que gostamos muito. Pedras na mesmíssima engrenagem também aparecem quando temos algo a fazer, não tão agradável quanto isso, pelo contrário, mas que temos de fazer com a mesma força, memo se o espírito não está a favor. Ultimamente tenho recebido algumas pedras na engrenagem da minha vontade, pedras essas que são suficientemente grandes para abrandar esta minha viagem, obrigando-me por afastar-me cada vez mais do caminho original. Hoje resolvi portanto ser egoísta e redireccionar o veículo pelo caminho certo, aquele que me dá mais prazer, que me faz realmente feliz.
Algo que acho mesmo estranho é o facto de sentir que pessoas que não conheço a não ser do mundo da blogosfera, estarem a passar por coisas semelhantes ao mesmo tempo do que eu. Seremos assim tão parecidos? Será possível que os nossos passos estarem ligados por uma rotina tão similar que nos aconteça o mesmo, mais ou menos à mesma altura? Afinal a única coisa que parece distanciar-nos, ou melhor, diferenciar-nos uns dos outros é mesmo a forma de nos exprimimos. Cada um de nós tem uma sintonia própria, com palavras e ideias suas, umas mais directas, outras mais subtis, mas a música de fundo é mais ou menos a mesma, acompanhando todos os nossos passos, qual orquestra online, que é a nossa vida. Por vezes dou por mim a ler aquilo que me acontece nas palavras dos outros. O meu pensamento aparece-me antecipado nas linhas de um conjunto de pessoas que acabam por fazer parte do meu dia-a-dia.
Um abraço a todos que tudo vos corra bem, acabando por me correr a mim também, tudo aquilo que vivo em todos vós, assim como a minha sorte vai tocar na pontinha do Icebergue da fortuna de terceiros…

2 comentários:

  1. Bruno... somos todos diferentes e todos iguais... Neste momento, apetecia-me desligar e sentir-me inundar de paz... maldito stress!!!

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  2. Por vezes nem desligar consigo. Nem isso controlamos...

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