Sempre em frente pensava eu. O caminho corria longo mas a força era suficiente para continuar. Fui andando até que cheguei a um lugar estranho. Era amplo e claro, mas com espaços bastante escuros também. Pequenas criaturas de asas muito finas e sapatos de linho, centenas de seres flutuavam pelo caminho, vindos de grutas e buracos que não me inspiravam muita confiança. Pousei os olhos sobre uma delas. Tinha olhos finos, lúcidos e brilhantes. Parecia feliz… Fiz-me passar por simpático, afim de explorar as suas verdadeiras intenções. Foi-me retribuído o sinal. E acabou.
Acordei bem disposto, pronto para mais um dia de trabalho árduo. Hoje em dia, são muitas vezes os sonhos que nos dão momentos de felicidade, quase infantil. Tenho prazer em explorar mundos quando estou a dormir. Por vezes fazem-me rir, outras vezes transmitem-me tristeza. Chego a ter medo e que medo, garanto. Acabo por acordar completamente assustado, como se tudo aquilo que penso que sou não é nada mais do que uma simples casca que se rasga ao mínimo grito do meu interior. Sou mesmo um medroso… A verdade é que se for comparar tudo aquilo que já “passei” enquanto dormia, com a minha vida acordado, devo admitir que a minha face nocturna tem uma situação social muito mais animada… Já conheci planetas, lugares, falei das mais variadas línguas, pratiquei todos os desportos e já conheci mais pessoas do que quando estou acordado… O que é no mínimo patético mas não impossível. Até é mais provável sonhar com o Ferrari último modelo do que propriamente tê-lo… Enfim…
Esta noite há mais Sr Flor de Estufa....
Sem comentários:
Enviar um comentário