Viver em apartamentos é uma chatice quando nos deparamos com vizinhos que insistem em comportar-se como se fossem proprietários de uma vivenda isolada no meio do mato, e que decidiram comprar o último grito de sistema de som, sabendo de antemão que um, não podem usufruir do mesmo porque vivem ao lado de outras pessoas que também têm o direito de ouvir o som das suas próprias televisões e aparelhagens, e dois, porque a música para ter os mínimos requisitos de qualidade, ser minimamente decente, ou seja, comprar cds na feira nunca é a mesma coisa do que ir a uma loja de música e adquirir o trabalho original.
Tenho um problema. Aliás tenho dois. Um no andar de cima com a música brasileira a horas anormais, e outro no andar de baixo, com festas de sábado á noite que duram até ás 6 da manhã quando, por acaso, até temos de trabalhar ao domingo… As festas do andar de baixo não se têm repetido muito mais, o que já é uma boa notícia, a não ser quando os jogos do Benfica são transmitidos nos canais públicos da televisão portuguesa (o que até calha bem o facto do Benfas não ter tido muita sorte no campeonato, evitando desta forma, festejos prolongados). Em relação aos meus vizinhos de cima, a palavra educação não existe. Na segunda-feira a música começou ás 6 da manhã e durou até ás 8. Foi um despertar deveras assustador, que rebentou literalmente com a minha alma para o resto do dia. Já parte desta noite passou da pior das maneiras, visto que foi das 2 ás 4 da madrugada, e garanto-vos que não foi um passarinho que cantou. Foi música do nordeste brasileiro, e da foleira, ainda por cima. O pior é que tocar á campainha ou bater à porta dos vizinhos não resolve rigorosamente nada, já que aí fazem-se de surdos, ou seja, não ouvem a campainha da própria casa, e não aparecem para levar a tal carga de porrada que muitas vezes imaginei e cheguei a sonhar sempre que tento dormir e não consigo. A verdade é que nunca os vi, na verdade, não sei se o quero. Ainda me arrisco a levar uma dentada, já que de ser humano, aquela gente não deve ter muito.
Recordo igualmente uma situação em que duas famílias chegaram a partilhar o apartamento ao lado, num total de nove pessoas num T1, precisamente no andar destes meus animais de “destimação”. As crianças, coitadinhas, tinham de andar de skate e jogar ao berlinde no corredor, já que em casa não havia espaço para poderem brincar. Digamos que o choque de titãs entre a barulheira de uns e a música brasileira de outros acabava por anular-se quando passavam a vias de facto. Ouvia-se gritaria por alguns minutos e o ambiente acabava por acalmar. As tais duas famílias devem ter perdido a paciência e acabaram por mudar-se para outras paragens. Se calhar tinha sido melhor se tivessem antes permanecido no prédio, ontem tinha dormido melhor de certeza…
como eu te entendo bem....
ResponderEliminartenho tb uns vizinhos brasileiros no andar de cima e volta e meia lá vem aquela musica brejeira...
felizmente nao a poem tao tarde...mas qdo isso acontece eu ligo a minha aparelhagem de repente ...com musica bem diferente....(é o meu toque) e eles apercebem-se logo...felizmente !! mas qdo me mudei para esta casa havia por baixo um bar sem as minimas condiçoes para abafar o som da musica e q me deu a mim e aos meus vizinhos imensos problemas..tive de fazer cartas para a camara, etc...felizmente lá acabaram-se por ir embora.