quarta-feira, abril 18, 2007

Eu ouvi o meu vizinho, ás quatro da madrugada

Viver em apartamentos é uma chatice quando nos deparamos com vizinhos que insistem em comportar-se como se fossem proprietários de uma vivenda isolada no meio do mato, e que decidiram comprar o último grito de sistema de som, sabendo de antemão que um, não podem usufruir do mesmo porque vivem ao lado de outras pessoas que também têm o direito de ouvir o som das suas próprias televisões e aparelhagens, e dois, porque a música para ter os mínimos requisitos de qualidade, ser minimamente decente, ou seja, comprar cds na feira nunca é a mesma coisa do que ir a uma loja de música e adquirir o trabalho original.
Tenho um problema. Aliás tenho dois. Um no andar de cima com a música brasileira a horas anormais, e outro no andar de baixo, com festas de sábado á noite que duram até ás 6 da manhã quando, por acaso, até temos de trabalhar ao domingo… As festas do andar de baixo não se têm repetido muito mais, o que já é uma boa notícia, a não ser quando os jogos do Benfica são transmitidos nos canais públicos da televisão portuguesa (o que até calha bem o facto do Benfas não ter tido muita sorte no campeonato, evitando desta forma, festejos prolongados). Em relação aos meus vizinhos de cima, a palavra educação não existe. Na segunda-feira a música começou ás 6 da manhã e durou até ás 8. Foi um despertar deveras assustador, que rebentou literalmente com a minha alma para o resto do dia. Já parte desta noite passou da pior das maneiras, visto que foi das 2 ás 4 da madrugada, e garanto-vos que não foi um passarinho que cantou. Foi música do nordeste brasileiro, e da foleira, ainda por cima. O pior é que tocar á campainha ou bater à porta dos vizinhos não resolve rigorosamente nada, já que aí fazem-se de surdos, ou seja, não ouvem a campainha da própria casa, e não aparecem para levar a tal carga de porrada que muitas vezes imaginei e cheguei a sonhar sempre que tento dormir e não consigo. A verdade é que nunca os vi, na verdade, não sei se o quero. Ainda me arrisco a levar uma dentada, já que de ser humano, aquela gente não deve ter muito.
Recordo igualmente uma situação em que duas famílias chegaram a partilhar o apartamento ao lado, num total de nove pessoas num T1, precisamente no andar destes meus animais de “destimação”. As crianças, coitadinhas, tinham de andar de skate e jogar ao berlinde no corredor, já que em casa não havia espaço para poderem brincar. Digamos que o choque de titãs entre a barulheira de uns e a música brasileira de outros acabava por anular-se quando passavam a vias de facto. Ouvia-se gritaria por alguns minutos e o ambiente acabava por acalmar. As tais duas famílias devem ter perdido a paciência e acabaram por mudar-se para outras paragens. Se calhar tinha sido melhor se tivessem antes permanecido no prédio, ontem tinha dormido melhor de certeza…

1 comentário:

  1. como eu te entendo bem....
    tenho tb uns vizinhos brasileiros no andar de cima e volta e meia lá vem aquela musica brejeira...
    felizmente nao a poem tao tarde...mas qdo isso acontece eu ligo a minha aparelhagem de repente ...com musica bem diferente....(é o meu toque) e eles apercebem-se logo...felizmente !! mas qdo me mudei para esta casa havia por baixo um bar sem as minimas condiçoes para abafar o som da musica e q me deu a mim e aos meus vizinhos imensos problemas..tive de fazer cartas para a camara, etc...felizmente lá acabaram-se por ir embora.

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